terça-feira, 15 de abril de 2014

Resenha do livro o que é adolescência - Daniel Becker


            O livro começa com a unidade intitulada de “Na tua idade eu também queria mudar o mundo” onde o autor critica a posição da sociedade em definir que o sentimento de inconformismo é comum e passageiro a todos os adolescentes. E que esse inconformismo desaparece no momento em que a crise é superada e o adolescente passa para a etapa seguinte, se tornando um adulto adaptado às regras e também aos padrões aparentemente imutáveis, aceitando as exigências que lhe são impostas, marcado pela ausência de liberdade.
Na segunda unidade intitulada “A metamorfose”, o autor dá ênfase às transformações vivenciadas pelo adolescente, nesse período transitório entre a infância e a fase adulta. Becker esclarece que as mudanças físicas podem ser consideradas universais, porem as mudanças no nível psicológico podem variar de acordo com o contexto. As transformações físicas são desencadeadas pelo fenômeno da puberdade que é o período da vida em que o indivíduo se torna apto para a procriação, adquirindo a capacidade física de exercer a função sexual madura. Nesse período ocorrem eventos como o “estirão da adolescência” o aparecimento dos “caracteres sexuais”, primeira menstruação na menina, aumento do pênis no menino, e produção de espermatozoides.
Além das mudanças físicas o autor fala nessa unidade sobre a mudança nas formas como o adolescente lida com essas mutações que ocorrem em seu corpo. Explica ainda o surgimento da capacidade de “raciocinar sobre o raciocínio” que representa o surgimento do raciocínio abstrato na adolescência e aborda os conflitos relacionados ao estabelecimento da sexualidade, valores morais que restringem a atividade sexual, masturbação, homossexualidade, conceito de sexualidade vendido pela mídia, falta de orientação sexual e as possíveis consequências da não resolução desses conflitos, tais como gravidez na adolescência e aborto.
Para falar dos aspectos emocionais e da sexualidade o autor utiliza se no decorrer desta obra principalmente as teorias psicanalistas, de autores como Sigmund Freud, Anna Freud e Erik Erikson a quem Becker atribui a expressão “crise na adolescência”.
O autor crítica a generalização de termos como agressividade e “depressão normal” como sendo universal para todo e qualquer adolescente e destaca que a depressão pode ocorre a partir das reflexões do adolescente sobre as vivências interiores, e sua a partir da vivencia dos “lutos” que são reações a uma série de “perdas” que ele sofre durante essa transição de criança para adulto. Becker, ainda explica a busca do adolescente por sua identidade, os conflitos de valores e as identificações dos adolescentes nesse período.
Ao falar das drogas, o autor diferencia os quatro grupos de drogas psicoativas. E destaca que essas drogas podem levar a dois tipos de dependência: a psicológica e a física. Em sua obra Becker crítica a marginalização do usuário da maconha, e defende a posição de que “a grande maioria dos adolescentes que a usam são “usuários recreacionais”, ou seja, não viciados. Becker enfatiza ainda que há uma preocupação da sociedade com a maconha e uma “tolerância” com o álcool, justificada pelo fato do alcoolismo dar lucro ao sistema, ao contrário do consumo da maconha.
Becker destaca que é na adolescência com todas essas transformações, mudanças, conflitos e “crises” que o adolescente se vê pressionado para a escolha de uma profissão. Becker afirma que nessa fase o adolescente ainda não está preparado para fazer essa escolha e que na maioria das vezes essa escolha é feita sem a devida reflexão podendo levar ao erro e a frustração do indivíduo. O autor não acredita na mobilidade social, e acredita que o filho de um trabalhador de construção civil provavelmente também será trabalhador de construção civil, o autor chega a afirmar que a ideia de um filho de pedreiro que se torna senador, por exemplo, é uma “bela ilusão”.
Na terceira unidade intitulada “Radiografia de uma visão: O lado avesso”, a questão levantada e a de que as ideias e teorias sobre a adolescência não devem ser generalizadas à ideologia, porque chegam aos jovens como verdades e eles tendem a desqualificar sua própria emoção e seus pensamentos. A unidade discute a assimilação da ideologia pelo adolescente, na construção de sua identidade. E a formulação dessa ideologia pelo poder social dominante buscando o controle do indivíduo, através da submissão e da alienação, para que ele possa reproduzir os padrões de vida vigentes. O autor destaca que é fundamental que os jovens utilizem da criatividade, da conscientização e do questionamento crítico para trazer resoluções para as contradições, rompendo assim com a ideologia vigente em busca de transformações e renovações.
Na quarta unidade “Adolescência: quando, como e onde” Becker traz uma visão histórico-social da adolescência, destacando que o conceito é bastante recente e que esse é um fenômeno sociocultural. O autor compara a cultura ocidental com a sociedade de Samoa. Destacando que em Samoa “o adolescente parece não enfrentar conflitos morais, ideológicos, psicológicos e afirma que não existe lá o que chamamos de crise da adolescência”.
Becker também fala nessa unidade sobre a dificuldade que é para o adolescente encontrar sua identidade em meio a esse mundo turbulento em que valores ultrapassados, convivem com novos valores. O autor discute a escolha consciente, ou não, de seguir a ideologia social dominante e reproduzir os padrões sócias impostos; e o assumir de uma atitude de protesto, posições originais, e desviantes. Sendo os últimos, base para a formação de um novo modo de vida. Por fim o autor discute qual é o critério para determinar o fim da adolescência e critica a definição de que um indivíduo se torna adulto quando alcança o seu perfeito ajustamento à sociedade.
Na unidade intitulada “Adolescência-aqui e agora”, Becker discute a necessidade constante que a sociedade apresenta de estereotipar o adolescente e defende que o universo da adolescência é bem mais amplo, e não se limita a esses estereótipos.
Ao falar dos dados estatísticos referentes aos adolescentes no Brasil, o autor os divide em dois grandes grupos: os das camadas médias e altas urbanas e o “resto” que segundo ele é constituído por jovens marginalizados na sociedade.
Em seguida o autor fala dos movimentos sociais da juventude no mundo e no Brasil, e compara as manifestações de protesto contra o sistema de décadas atrás as manifestações da atualidade. O autor apresenta também uma estatística americana relacionada ao aumento de suicídios em adolescente, e defende que a culpa não é do adolescente, mas sim do sistema.
Becker ainda afirma que “Milhões de adolescentes brasileiros são deficientes físicos e mentais, não por doenças genéticas, mas simplesmente por miséria”. O autor Defende que a sociedade precisa se dar conta do sofrimento dessas crianças, e passar a respeitá-las e assisti-las, segundo ele não adianta se preocupar somente com uma “massa de marginais no futuro”.
No capitulo final intitulado “Por que Adolescência” Becker justifica a escolha do tema, nesse momento afirma que a nossa cultura está vivendo uma “crise adolescente”. Enfatiza a participação do adolescente nas transformações sociais através da crítica e do questionamento. Becker destaca ainda que O conflito e a dúvida costumam trazer muito sofrimento, mas o valor positivo deles pode ser muito maior. Na conclusão de sua obra Becker dá ênfase ao privilégio que os adolescentes possuem de poder escolher livremente, e de voltar caso necessário, segundo ele o importante é participar das escolhas, e viver para o presente.
De maneira geral o livro possui linguagem acessível, de fácil compreensão, abrangendo o tema proposto com uma leitura agradável e que desperta o interesse, mantendo o leitor “preso” do começo ao fim.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

O que um Psicologo faz

O video abaixo explica as principais atividades de um psicologo no mercado de trabalho.



Destaque para:
Psicologia forense

Psicologia Jurídica

Psicologia criminal

Psicologia clínica

Psicologia no esporte

Psicologia da Educação






Estudo dirigido (Psicologia Social)

1- Buscava-se um conhecimento científico que pudesse ajudar na construção de uma nova sociedade. A realidade captada não podia questionar as pesquisas elaboradas a partir de experimentos tão bem controlados. Nesse momento foi proposta uma análise em termos do materialismo histórico e dialético. A revisão crítica propunha uma metodologia que pudesse captar o sujeito,  historicamente situado e também como fruto  de uma realidade multideterminada
2- Caracteriza a Psicologia Social dos anos 80 a indissociabilidade entre teoria e prática. A psicologia social comunitária assume um compromisso político com a população oprimida. Repensa-se a clandestinidade dos trabalhadores e do voluntariado. O psicólogo passa a ser remunerado. Inserção dos profissionais das ciências sociais e humanas em funções e cargos destinados a prestações de serviços à população. Amplia-se o espaço do trabalho e reconhecimento da profissão de psicólogo junto aos setores populares. Cria-se a possibilidade do psicólogo trabalhar em postos/unidades, tendo uma atuação institucionalmente reconhecida.
3- Na década de 80 a psicologia social comunitária assume um compromisso político com a população oprimida.
4- BASE TEÓRICA: Psicologia Histórico Cultural de Vygotsky (1896-1934). BASE FILOSÓFICA E METODOLÓGICA: materialismo histórico dialético.
5- HOMEM: ativo, social e histórico. SOCIEDADE: produção histórica dos homens, pelo trabalho produz a vida material. Mundo: Parte da concepção de que o mundo social e mundo psicológico caminham juntos
6- Criticas: *Ora é processo, ora é estrutura, ora manifestação, ora relação, ora é conteúdo, ora é distúrbio, ora experiência. É interno mas relaciona com o externo, É biológico, é psíquico e é social; é agente e é resultado; relacionado ao “eu”, ao “self”.
*O externo é visto como algo que dificulta o pleno desenvolvimento do mundo “interno”.
*Não pertence á natureza humana, mas reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens.
7- FENÔMENO PSICOLÓGICO = construção individual do mundo simbólico que é social
8- ATIVIDADE IMPLICA AÇÕES ENCADEADAS, JUNTO COM OUTROS INDIVÍDUOS (RELAÇÕES), PARA A SATISFAÇÃO DE UMA NECESSIDADE COMUM. PARA HAVER ESTE ENCADEAMENTO É NECESSÁRIA A COMUNICAÇÃO (LINGUAGEM) ASSIM COMO UM PLANO DE AÇÃO (PENSAMENTO), QUE POR SUA VEZ DECORRE DE ATIVIDADES ANTERIORMENTE DESENVOLVIDAS.
9- Influências de Marx em Vygotsky
*O Modo de produção material que direciona a vida social e espiritual do homem.
*O homem é um ser histórico que se constitui através de suas relações com o mundo natural e social.
*O processo de trabalho de transformação da natureza é o processo privilegiado nessas relações homem-mundo.
*A sociedade humana é um sistema dinâmico e contraditório que precisa ser compreendido como processo em constante mudança.
*Construiu uma teoria marxista, que consiste em estudar os processos de transformação do desenvolvimento humano, levando em conta 4 dimensões que caracterizam o desenvolvimento psicológico: filogênese, ontogênese, sociogênese e microgênese.
10- Vygotsky define a Atenção dada aos mecanismos psicológicos mais sofisticados típicos da espécie humana como as funções psicológicas superiores.
Algumas delas:
       Controle consciente do comportamento.
       Atenção e lembranças voluntárias.
       Memorização ativa.
       Pensamento abstrato.
       Raciocínio dedutivo.
       Capacidade de planejamento, entre outras.
11- filogênese representa a evolução da espécie.
Ontogenese
representa o percurso de desenvolvimento do indivíduo da espécie.
Sociogênese
define por onde cada pessoa pertencente aquela cultura pode ir. Sociedade escolarizada, ou não.
Microgênese
é uma porta aberta para o NÃO determinismo.

12- Mediação é a (intermediação) interposição entre uma coisa e outra. A relação do homem com o mundo não é direta, mas, mediada. A tendência é que todas as relações com o passar do tempo se tornem mediadas. Mediação pode se feita através de instrumentos e signos. A relação mediada pelos signos internalizados que representa as coisas do mundo liberta o homem da interação concreta com os objetos do seu pensamento.

13- A partir das proposições teóricas do materialismo histórico propôs a reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-histórica".  A teoria histórico cultural de Vygotsky mais tarde viria a ser a principal base teórica da psicologia social crítica.
14- Para Carl Ratner uma psicologia da libertação só pode ser uma psicologia cultural, pois é só através do conhecimento e aceitação da cultura de um individuo que pode se chegar a uma libertação verdadeira.
15- O comportamento de alguém é influenciado socialmente quando ele se modifica em presença de outros indivíduos (presença real ou simbólica). O julgamento ou a percepção do indivíduo encontram-se em relação com outras pessoas cuja conduta, de respostas interfere com as suas.
Diferentes abordagens: Imitação (Tarde, 1890); Normalização (Sherif); Conformidade (Asch, 1956); Inovação da Minoria (Moscovici, 1972).

16- *Individualmente os sujeitos não cometiam erros.
*Em grupo, cerca de um terço dos sujeitos conformavam-se com as respostas erradas da maioria.
Sujeitos conformistas:
*Distorção da percepção: realmente percebiam a linha errada como sendo a que correspondia em comprimento da linha padrão.
*Distorção do julgamento: pensavam que havia algo de errado com sua visão ou consigo mesmo.
*Distorção da ação: percebiam que a maioria estava errada, porém não tinham coragem de se opor.
Respostas à pressão social / conformismo:
}  Complacência: cede para evitar um a punição ou receber uma recompensa.
}  Identificação: atratividade consciente ou não.
}  Internalização: o individuo reflete sobre o que lhe é pedido e cede, passa a considerar o pedido como justo. Ex: valores e crenças.

17- Bases de poder:
Poder de recompensa: possibilidade de receber uma recompensa caso obedeça e submeta-se; recompensa desejada.
Poder de coerção: infringir (repressão) castigos caso não obedeça; sofrer punição.
Poder de legitimidade: é legitimo segundo crenças, valores e normas sociais.
Poder de referência: modelo , uma referência positiva ou negativa. Casos de identificação.
Poder de conhecimento: pelo conhecimento que legitima seu poder, méritos profissionais.
Poder de Informação: informações que agregam no convencimento.  

18-
Quando surge o “conflito” entre as maiorias e as minorias ao invés do pacto e compromisso e seu “efeito de normalização” ocorrido na circunstância conformista as minorias tornam-se desviantes gerando um efeito de polarização e portanto de conflito entre opiniões e soluções diferentes para os problemas, levando assim à inovação.

19- Psicologia das Minorias Ativas:
*Foca nas minorias, que são compreendidas em uma dinâmica de interação. Ou seja a  influencia é exercida em duas direções.
*Não considera a influência unilateral e sim recíproca que implica ação e reação.
MAIORIA  <=====> MINORIA

20- O conflito
é o “núcleo da mudança” ou linha de tensão que é permanentemente ativado pelas minorias que pretendem não simplesmente se adaptar ao meio. Na condição de atores sociais que buscam a “construção social da realidade” as minorias aspiram transformar o social para adaptá-los às suas necessidades.

Ao invés do pacto e compromisso e seu “efeito de normalização” ocorrido na circunstância conformista as minorias tornam-se desviantes gerando um efeito de polarização e portanto de conflito entre opiniões e soluções diferentes para os problemas.

ATIVIDADES sobre o desenvolvimento

1- Porque a linguagem é tão importante? Qual o seu papel no desenvolvimento infantil?

A linguagem é muito importante, pois permite a comunicação entre os indivíduos, a troca de informações e de experiências. A linguagem permite que a criança se comunique transmitindo suas necessidades e compreendendo o mundo ao seu redor, sem ela seria inviável para a criança aprender, ou adquirir conhecimento.

2- Discorra sobre o desenvolvimento do autoconceito e da autoestima na segunda infância.

O autoconhecimento é o conhecimento que cada pessoa tem de si mesma como um ser único. Esse autoconceito vai sendo construído pelo individuo ao longo do tempo, baseado em suas experiências e variando de acordo com a idade, em função do nível de desenvolvimento cognitivo alcançado em cada momento.
Nessa fase a criança se descreve baseada com termos mais simples e globais:

Ex: “Eu sou boa” ou “eu sou grande”

Já a autoestima é como cada pessoa avalia suas próprias capacidades e competências. A autoestima deve ser compreendida a partir da importância que a criança dá a determinados domínios em relação a outros. Assim como o autoconceito a autoestima varia de acordo com a idade.

EX: Se uma criança considera importante jogar futebol bem, mas não consegue, mesmo que ele seja bom em muitas outras coisas sua autoestima ficará negativa.        

3- Explique sobre o nível pré-convencional proposto por Kohlberg.

Kohlberg definiu seis estágios de desenvolvimento moral que podem ser, agrupados em três níveis de dois estágios cada.

O primeiro deles é o NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL (2 a 6 anos).  Onde a moralidade da ação é determinada baseando-se em suas consequências diretas.

·          Estágio 1. Orientação "punição obediência"
 A criança obedece as normas para evitar os castigos

·          Estágio 2. Orientação auto interesse
 A criança obedece as normas para satisfazer desejos e interesses próprios

Desenvolvimento da personalidade (dos 3 aos 11 anos)

Segue em anexo 2 slides com as principais informações e de maneira mais didática possivel:


Como sempre Links diretos pro MEGA, só clicar e Baixar (parte 1) e depois Baixar (pare 2).
Não se esqueça de comentar o que achou, caso tenha sido útil, ou caso queira algum complemento.