Introdução
O que se espera das
pessoas no trabalho hoje não é o mesmo que se esperava alguns anos atrás. As
sociedades passam por grandes mudanças estruturais, sendo envolvidas em um
processo de globalização econômica, política e tecnológica que afeta
diretamente as estratégias organizacionais e as decisões empresariais.
A nova forma de
trabalho é caracterizada pela aprendizagem constante
A nova realidade organizacional é como um contínuo processo de transformação e inovação, é preciso desenvolver a cultura da aprendizagem.
A nova realidade organizacional é como um contínuo processo de transformação e inovação, é preciso desenvolver a cultura da aprendizagem.
Baseado nisso,
o Learning Organization, evidencia as disciplinas fundamentais para
o processo de inovação e aprendizagem: domínio pessoal, modelos mentais, visão
compartilhada, aprendizagem em grupo e pensamento sistêmico, sendo requisito
fundamental para a dinâmica da organização que o processo de aprendizagem operacional
e conceitual ocorra em todos os níveis organizacionais.
As mudanças
organizacionais podem ser implementadas a partir de procedimentos que permitam
que as pessoas aprendam primeiramente de forma individual, depois aplicando e
ampliando seus conhecimentos em nível grupal e organizacional. Entre as
modalidades de intervenção profissional existentes para obter as mudanças
organizacionais desejadas, existe o coaching.
Revisão
e análise
A essência do coaching é
ajudar o indivíduo a resolver seus problemas e a transformar o que aprendeu em
resultados positivos para si e para a equipe a qual lidera. Dessa forma, seu
aprendizado é ampliado para seu grupo de trabalho e, daí, para a coletividade
organizacional (O’NEIL, 2001).
Ser um coach significa
ser um profissional qualificado a ajudar uma pessoa a expandir suas
competências, levando-o de um posicionamento a outro, sustentado por seus
princípios e valores, enquanto a expressão coaching é
utilizada para designar esse processo de ajuda. A utilização do coaching como
forma de desenvolvimento dos executivos é mais uma evolução do conceito que tem
se ampliado através dos anos.
O coaching de
executivos é um processo individualizado de desenvolvimento de liderança que
otimiza a capacidade do líder para alcançar metas organizacionais em curto e
longo prazos. É conduzido por interação um a um dirigido por feedbacks de
múltiplas fontes e baseado em confiança e respeito mútuo
Para ser totalmente
eficaz, o coaching de executivos deve possibilitar a
integração de dois mundos, o mundo do trabalho, com todas as suas variáveis, e
o mundo além do limite organizacional, freqüentemente negligenciado. Conseguir
ajudar uma pessoa significa trabalhar com esses dois mundos: de um lado, as
competências dos negócios e, de outro, o social, o pessoal, a família. O coaching será
bem-sucedido se abordar esses dois mundos.
Nas qualificações
necessárias para o exercício do coaching os psicólogos já
possuem um número grande das habilidades e conhecimentos necessários para
fornecer o coaching de executivos e, então, são os provedores
de serviço mais qualificados. Entre as habilidades, incluem-se o respeitar
confidencialidade, manter relações altamente intensas com objetividade, além da
habilidade de escutar, empatizar, fornecer feedback, criar
argumentos, desafios e explorar o mundo do executivo. Em relação aos
conhecimentos, o psicólogo é um profissional especificamente formado para
compreender o comportamento humano e as relações interpessoais. A segunda
atitude diz que, mesmo que a psicologia qualifi que o necessário, ela sozinha
não será suficiente. É preciso ter ciência em negócios, gerenciamento, assunto
político, além de conhecimento sobre liderança para ser efetivo.
A
avaliação da adaptação e o coaching de executivos
Atualmente, as mudanças são velozes, o que dificulta os
ajustes necessários para que todos as absorvam adequada e gradualmente.
De acordo com Simon (1995), as situações que operam na
adaptação do indivíduo são chamadas de microfatores externos e internos, e
podem ser positivos (f+) ou negativos (-). Assim como as situações que
desequilibram dramaticamente a estabilidade adaptativa, gerando cries que são
chamadas de Fatores e também se dividem em positivos (F+) e negativos (F-).
A ocorrência de Fatores, sejam positivos ou negativos,
obriga o sujeito a mudanças bruscas, na medida em que ele deve dar respostas
novas, às situações de vida, num curto espaço de tempo, para readquirir a
estabilidade adaptativa. E costuma afetar profundamente o padrão de adaptação
da pessoa, que poderá se tornar mais ou menos eficaz após a crise, em razão da
qualidade das respostas dadas (SIMON, 1995, p.14)
Os estágios da mudança são fundamentados na ideia de que “a
mudança ocorre ao longo do tempo, em razão do nível de consciência do problema
demonstrado pela pessoa e a disposição para enfrenta-lo” (PROCHASKA, 1995, p.
409).
Foram identificados cinco estágios de mudança (PROCHASKA,
1995),
pré-contemplação – a pessoa não aceita que precisa mudar,
embora outros ao seu redor procurem alertá-la ou pressioná-la à mudança; há
resistência em reconhecer ou modificar um problema ou padrão de comportamental;
contemplação – a pessoa começa a admitir que tem um problema
e considera a necessidade de enfrenta-lo, mas sem chegar a realmente fazê-lo;
há consciência do problema, e a pessoa pensa seriamente em enfrenta-lo, mas não
há esforço efetivo;
preparação – a pessoa tenta alguma mudança, mas não chega a ser
bem-sucedida ou não persiste; as ações ocorrem, mas não são efetivas;
ação – a pessoa é capaz de toar decisões e realmente
modificar os comportamentos, atitudes ou padrões relacionais; há a adoção de
medidas e de atitudes de enfrentamento do problema; há o reconhecimento externo
pelo esforço;
término – a pessoa estabiliza seus padrões de conduta
resultantes da mudança; não há motivo de recaída nem retrocesso; a
situação-problema foi totalmente superada e há a confiança de que o padrão
antigo não deve retomar.
Considerações finais
O processo de mudança ao qual se submete uma pessoa não se
dá de forma repentina. Este vai desde o reconhecimento do problema, passa pela
disponibilidade para enfrenta-lo, até a averiguação de seus recursos
adaptativos;
Análise da avaliação do estágio de mudança, se associada à
avaliação da eficácia adaptativa, permite estimar a probabilidade de aderência
ao tratamento psicoterápico e o grau de
progresso esperado.